Apesar de necessário, o momento do banho e tosa pode ser bem estressante para o pet, já que eles mudam de ambiente, entram em contato com uma nova pessoa e passam por procedimentos dos quais não estão acostumados. Alguns animais até gostam desse momento, mas muitos acabam não se adaptando, por isso é importante levar o pet no mesmo local, para que ele crie uma relação mais próxima com o profissional de banho e tosa.
Ainda com todos esses cuidados, a experiência pode ser muito difícil, por isso, uma nova modalidade vem surgindo: o banho “low stress” ou o banho de baixo stress. É uma técnica que usa de alguns métodos que relaxam o animal ao longo da sessão, como petisquinhos, lambeijos e muito carinho. Com um atendimento individualizado, se estuda os comportamentos de cada pet com o objetivo de entender o que causa estresse durante o procedimento de banho e tosa.
Uma das etapas mais importantes é a criação de uma relação de confiança entre o profissional do centro estético e o pet. Gerar um ambiente calmo e relaxante também é importante nesse momento, como musicoterapia e aromas calmantes, eliminando fatores no ambiente que possam causar estresse. Durante o processo, o profissional estará completamente atento aos sinais comportamentais do pet, respeitando as limitações dele e, se necessário, parando o processo por um tempo, para que ele se sinta confortável.
Entretanto, mesmo com esses cuidados, pode acontecer de o pet não se adaptar e continuar estressado, e aí entra a possibilidade do banho “low stress” ser feito em casa, com o treinamento do tutor por um profissional capacitado, sempre conversando com o veterinário antes. O que é importante de se destacar é que a rotina de higiene dos pets pode ser um fator de estresse para eles, o que impacta diretamente na saúde, por isso deve ser olhado com atenção.
Segundo o diretor-geral do Nouvet, centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo, Thiago Teixeira, o método é indicado a todos os animais. Porém, para aqueles que já passaram por momentos traumáticos, mesmo que fora do centro estético, torna-se uma prática essencial. “O comportamento dos cães varia conforme a personalidade de cada um; por isso, é importante conhecer seu pet e respeitar os limites dele. No banho low stress, todas as etapas são realizadas pensando nas individualidades do cão ou gato, minimizando qualquer risco de estresse”, afirma o veterinário.
Ele completa que “os pets tendem a ter uma queda no sistema imunológico quando são submetidos a episódios de estresse contínuo. Estressores podem trazer flutuações na frequência cardíaca, frequência respiratória e aumento da temperatura corporal. O banho e tosa, quando é sinônimo de ansiedade e insegurança para o cão ou gato, pode se tornar uma constante negativa na saúde, podendo causar doenças, vícios ou até salivação excessiva, dependência emocional do tutor, entre outros sintomas”.
Se especializar nessa prática pode ser um considerável ganho ao estabelecimento e a possibilidade de, junto com os tutores, oferecer momentos de qualidade aos pets.
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