O final do ano é sempre época de balanço e planejamento para os próximos meses, analisando e traçando objetivos que, em breve, estarão mais próximos de serem realizados. E o ano de 2023, que chega em breve, é de grande expectativa, principalmente por conta da troca de governo e possível mudança na administração da economia, o que impacta todos os mercados.
Para o próximo ano, a especulação sobre a economia é cautelosa, evidenciando alguns desafios da nova gestão. De acordo com último relatório "Focus", divulgado pelo Banco Central do Brasil em 5 de dezembro, a estimativa é que o PIB cresça apenas 0,75% em 2023.
E essa desaceleração começou ainda em 2022, no terceiro semestre. Passado a eleição, a preocupação com o próximo ano e contas do governo – que já se mostraram desajustadas – fez com o que o PIB crescesse apenas 0,4% depois de 12 meses com fortes altas. Além disso, algumas outras causas são efeito defasado dos juros altos, com consequente restrição ao crédito, baixo índice de investimento das empresas e crise em vários países que transacionam com o Brasil.
Dos dados que mais afetam o mercado pet, a preocupação é o baixo crescimento do setor de serviços, de apenas 0,68% (muito abaixo dos 3,5% registrados neste ano). Para a inflação, a expectativa é que a alta de preços fique próxima a 6% e a taxa de câmbio feche em torno de R$ 5,30 - semelhante ao cenário de 2022.
Uma boa notícia é que, no último dia 12 de dezembro, o Ministério da Economia anunciou, via Medida Provisória, aumento do salário mínimo que, a partir de 1º de janeiro, passará a ser de R$ 1.302, uma correção estimada de 5,81%. Isso pode significar um pequeno aumento de poder de compra das famílias para o próximo ano, mas ainda tímido. E com tantas incertezas, a compra de bens duráveis deve ser segurada, focando em necessidades do dia a dia.
As incertezas econômicas não acontecem só no Brasil. Os Estados Unidos sofrerão com a alta de juros, a Europa com a falta de gás e a China com sua desaceleração estrutural. O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta que o PIB mundial cresça 2,7%, mas alerta que "mais de um terço da economia global vai se contrair em 2023".
Analisando o cenário, as indicações dos economistas para o primeiro trimestre são um pouco mais conservadoras, mas ainda estamos tratando do mundo das ideias e as especulações podem variar. O retorno dos investimentos em áreas importantes, que já começaram esse ano, e a provável tendência de continuarem no próximo, dão luz ao cenário, afinal, após grandes recessões como a que vivemos, a tendência é que a roda vire e possamos respirar mais aliviados novamente.
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