Por Panorama PET VET Em Panorama PET VET Atualizada em 03 AGO 2023 - 15H35

Indústria pet prevê expansão de 10,6% no ano




A indústria pet já faz as contas para fechar 2023 com crescimento de 10,6% em relação ao ano passado. A se confirmar essa projeção, o faturamento chegaria a R$ 46,4 bilhões. Apesar do otimismo do setor, o avanço também reflete a alta de preços forçada pelo peso da inflação e da carga tributária.



A estimativa é da Abinpet, associação que representa as 40 maiores fabricantes de produtos para animais de estimação. Segundo a análise por nicho de mercado, o segmento de pet food continuaria a ter fatia majoritária da receita, mas a participação tende a apresentar ligeiro recuo – de 80% para 78%. O movimento seria de R$ 36,4 bilhões.

A área de serviços veterinários deve faturar R$ 6,9 bilhões e seria a líder em crescimento percentual – 16%. Os artigos de pet care somariam R$ 3,1 bi, o que corresponderia a uma alta de 15%.

“Observamos um crescimento sólido dos mercados de pet vet e pet care, além da demanda constante da cadeia de varejo em relação ao pet food. Isso demonstra que os consumidores têm procurado os produtos da indústria pet, e se preocupam em oferecer, além do alimento completo de qualidade, produtos que garantem higiene, saúde e bem-estar para seus pets”, comenta o presidente executivo da Abinpet, José Edson Galvão de França.

Indústria pet por segmento (receita estimada em R$ bilhões)




Indústria pet sob impacto dos custos da matéria-prima

A indústria pet poderia apresentar evolução mais consistente, não fosse a influência do dólar. Nos últimos dois anos, o custo das matérias-primas de origem animal teve aumentos médios de 50% no caso da farinha de carne, 45% na farinha de vísceras e 70% no óleo de frango. Mas outros três produtos foram vilões ainda mais implacáveis.

O arroz, por exemplo, subiu mais de 100% nos últimos cinco anos. O preço do milho teve alta superior a 200%, e a soja, 130%. “Para não onerar tanto o consumidor, as indústrias procuraram diminuir suas margens de lucro. A estratégia é necessária, mas sabemos que, no médio prazo, isso não se sustenta”, alerta França.

Carga tributária é outro entrave

França reitera a necessidade de suavizar a carga tributária sobre o setor, uma das mais elevadas do mundo. A cada R$ 1 pago pelo consumidor, R$ 0,54 correspondem a impostos.

Coincidência ou não, os três maiores países em vendas no mundo são os três que aplicam a menor taxação sobre o setor – Estados Unidos, China e Alemanha. Detalhe: atualmente, o mercado pet já representa 0,36% do PIB brasileiro, à frente dos setores de utilidades domésticas e automação industrial.



E mesmo crescendo dois dígitos, sem registro de desabastecimento durante a pandemia, a indústria pet continua a ser atividade econômica supérflua de acordo com as regras da Receita Federal. “Isso significa que a carga de impostos, que inclui ICMS, IPI e PIS/Cofins, é maior na comparação com os itens da cesta básica. A diferença é que o cuidado com os pets também se tornou uma necessidade básica, já que eles passaram a ser parte importante da família brasileira”, acrescenta.

O executivo também ressalta que o número de animais de estimação passa de 144 milhões no país, média superior a um por habitante. “E esse contingente já movimenta mais de R$ 60 bilhões por ano. O rótulo de supérfluo não comporta a evolução desse segmento”, critica.

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