A “caixa-preta” das creches é aberta na PET South America e destaca principais erros na criação de locais para cães

O interesse por creches para cães cresceu nos últimos anos no Brasil. Com isso, o aumento no número de estabelecimentos também aumentou. Mas como se preparar e ter um atendimento e um local de qualidade? Rafael Aleixo, adestrador e comportamentalista de cães com mais de 114 mil seguidores, ensina. Ele foi uma das atrações da Pet Creche Summit, na Pet Vet, principal ponto de encontro do setor veterinário na América Latina.

O especialista apresentou a palestra “A caixa-preta das creches”. Segundo ele, no ranking dos três principais erros estão: a avaliação comportamental, o excesso de cães nos locais, brigas e lesões. Ele defende que a avaliação deve ser contínua. “É importante ter transparência com os tutores e dar um retorno periódico sobre o comportamento do cachorro. Essa relação de transparência é importante para a construção de vínculos.”

O segundo erro mais comum é o excesso de cães em um lugar. “A pessoa abre um espaço, muitas vezes sem preparo nenhum e vai colocando cachorros, até que uma hora dá briga e a situação foge do controle. O ideal é fazer uma pesquisa, ver quantos cachorros o espaço comporta, quantos monitores serão necessários, organizar e deixar a situação controlada.”

As consequências são brigas e lesões nos bichos, terceiro lugar do ranking de erros. Rafael destacou a importância de ter profissionais preparados para lidar com situações difíceis, além de ter um monitor-chefe para coordenar melhor o trabalho dos demais.

Entre as dicas, ele apontou a necessidade de equipar as creches com câmeras de segurança para monitorar o espaço. Embora dar acesso em tempo real para os tutores seja um debate dentro do mercado, ele acredita ser importante ter, ainda que para controle interno.

Outro ponto de alerta é a parte contratual. Para isso, vale investir na contratação de um profissional. “O que acontece se o cachorro morder um funcionário? Se alguém atrasar a mensalidade? Todas as dúvidas têm que estar contempladas no contrato para evitar maiores problemas no futuro.”