A fusão de Petz e Cobasi pode demorar um ano para sair do papel, e o principal desafio das gigantes do mercado pet é convencer o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Até lá, as companhias devem continuar operando separadamente sob pena de autuação severa do conselho.
O órgão vem avaliando riscos para o ambiente concorrencial no setor, mas as empresas tentaram driblar esse argumento. Segundo elas, seus maiores rivais não são outras redes físicas, e sim marketplaces como Mercado Livre, Shopee e Alibaba. Acontece que a estratégia da Petz e da Cobasi de convencer o Cade não colou.
Na avaliação de Regina Blessa, consultora e especialista em varejo, há dois tipos de consumidores: os que não têm tempo e compram online, e os que têm tempo e vão às lojas físicas. “Os maiores concorrentes dessas lojas são as outras lojas de bairro próximas, que estão talvez mais acessíveis na vizinhança”, diz ela em entrevista ao Panorama PetVet.
“As lojas físicas perderam um porcentual de uns 30% no máximo para os marketplaces, mas o restante continua a escolher as melhores e mais baratas lojas próximas ao seu caminho de compras”, acrescenta.
Informações da Folha de S. Paulo indicam que a análise da operação deve consumir todo o prazo legal, que é de 240 dias, podendo chegar a 330 dias. A demora se deve à necessidade da definição de qual é o mercado de atuação das duas redes. Os técnicos alegam que as empresas resistem em apresentar esses dados.
Fusão de Petz e Cobasi cria grupo de 494 lojas
O acordo entre as duas maiores redes de pet shop do país foi fechado em meados de agosto. Acionistas da Petz terão uma participação maior na nova companhia, com 52,6% das ações, enquanto os da Cobasi ficarão com 47,4%. O fundador e CEO da Petz, Sérgio Zimerman, foi confirmado como presidente do conselho. Já Paulo Nassar, CEO da Cobasi, assumirá o cargo de CEO da nova empresa.
Com a fusão, será criado um grupo com receita bruta anual de R$ 6,9 bilhões, 494 lojas em mais de 140 cidades do país, 15 hospitais veterinários e mais de 20 marcas próprias de produtos para pets. Juntas, as empresas têm 11% de participação no total do mercado pet brasileiro.
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