Durante os meus atendimentos veterinários comportamentais pra corrigir ou tratar alguma alteração comportamental, já perdi as contas de quantas pessoas me questionavam se realmente havia necessidade de ensinar comandos e usar recompensas, afinal, não faziam questão de ter um cachorro de “circo” e apenas queriam ter o seu problema resolvido.
Acontece que muitos profissionais de adestramento ainda não sabem o real benefício dos comandos e até deixam de investir nessa estratégia. Na verdade, a maioria ainda tenta pular algumas etapas pra ir direto ao problema inserir correções pontuais.
A questão que envolve o ensinamento e a prática de comandos é muito mais do que apenas truques para divertir e mostrar pra pessoas da família. Os comandos são uma excelente forma de criar vínculo e melhorar o foco e a concentração do cachorro. Através dos comandos o cachorro pode entender realmente o que precisa ser feito. É uma linguagem única entre o humano e o animal. Perfeita pra ser utilizada em algumas situações como prevenção de problemas comportamentais.
Além disso, os comandos são uma excelente forma de estimular o sistema cognitivo. Estrutura essa que tem um papel importante na autorregulação emocional e consequentemente no tratamento de psicopatologias. Juntamente com os comandos, a prática diária com Enriquecimento ambiental, trabalho de faro e atividade física também contribuem significativamente pra conduzir neurotransmissores que são fundamentais para promover a saúde mental do paciente.
Por último, sabemos que a melhor forma pra extinguir os comportamentos indesejados pelos tutores, é se antecipando a eles e direcionando para um comportamento diferente. A melhor forma de fazer esse contra condicionamento é justamente através de comandos. Pra que isso tenha um resultado ainda mais efetivo, os comandos precisam ser primeiramente ensinados em ambiente de baixo estímulo e situação controlada para depois serem inseridos na antecipação mediante à determinados gatilhos e de forma gradual.
Quando aos tutores e adestradores perceberem os reais benefícios da prática diária de comandos com seus cães, tenho certeza de que veremos muito mais animais saudáveis espalhados por aí. E claro, não dá pra negar que também é superdivertido pra nós, humanos, praticar e dividir esse momento com o nosso amado pet.
Cama compartilhada cão-tutor: ajuda ou atrapalha?
Permitir que cães durmam na cama fortalece o vínculo emocional, reduzindo estresse. Porém, pode prejudicar o sono e expor a alergias. A decisão deve considerar as necessidades do animal e do tutor, com uma rotina de sono consistente e estratégias para períodos de separação.
Impactos da separação precoce da mãe e da ninhada no neurodesenvolvimento dos filhotes
A separação precoce de filhotes caninos da mãe e ninhada antes dos 60 dias prejudica seu desenvolvimento neurológico e comportamental, levando a problemas como ansiedade e agressividade. Veterinários devem alertar sobre os impactos e incentivar a permanência juntos para um crescimento saudável.
Coprofagia - distúrbio que vai além do comportamento
Muitos tutores e até Veterinários acreditam que o comportamento coprofágico está relacionado apenas à questões comportamentais. Porém, estudos mostram que a coprofagia na verdade pode sinalizar problemas graves que estão acontecendo no organismo do animal.
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