Marcela Barbieri

Cama compartilhada cão-tutor: ajuda ou atrapalha?

Escrito por Marcela Barbieri

02 MAI 2024 - 09H00

A prática de permitir que cães compartilhem a cama com seus tutores é algo cada vez mais comum. Enquanto essa proximidade é muitas vezes vista como uma oportunidade para fortalecer o vínculo afetivo entre tutor e o animal, é crucial examinar os impactos que essa escolha pode ter na saúde mental dos cães e de seus respectivos donos.

Estudos mostram que a proximidade física na hora de dormir pode sim fortalecer o vínculo emocional entre o animal e o tutor, promovendo um senso de segurança e conforto não só para o cão quanto para seu tutor também. Além disso, para alguns cães, dormir na mesma cama pode ajudar a reduzir os níveis de estresse e ansiedade, favorecendo a regulação emocional que acontece durante o sono.

No entanto, é preciso considerar alguns pontos críticos dessa decisão. Dependendo da situação, podem ocorrer impactos negativos na qualidade do sono que vai interferir diretamente na saúde física e mental do cão e do tutor. Em alguns casos, por exemplo, a presença do cão na cama aumenta a exposição do tutor a pelos, sujeira e possíveis parasitas, aumentando o risco de alergias cutâneas e infecções dermatológicas. Isso sem falar nos breve despertares que acabam despertando todos que dormem ali. Da mesma forma, o ser humano também pode acabar prejudicando o cão quando ocorre um sono agitado, quando faz uso de alguma medicação tópica de algum grau de toxidez, ou quando simplesmente não habitua o animal em nenhum momento a ficar sozinho. Nem mesmo na hora de dormir.

Esse ultimo ponto, provavelmente é mais importante a ser analisado. Aquele cão que nunca fica sozinho durante o dia e segue o tutor pra tudo, com certeza apresenta uma tendência maior à Síndrome da Ansiedade de Separação se até mesmo o sono noturno for compartilhado. Isso quer dizer, que não necessariamente dormir junto vai predispor o cão à uma situação de hiperapego, mas que se todo o resto da rotina for sempre na presença do tutor, provavelmente esse cão vai apresentar dificuldade em ficar sozinho depois quando precisar.

Em resumo, a decisão de permitir que o cachorro durma na cama deve ser tomada com base nas necessidades individuais do animal, bem como nas preferências e circunstâncias do tutor. Com os cuidados adequados e uma abordagem equilibrada, é possível desfrutar dos benefícios de compartilhar a cama com o cão, sem comprometer a saúde e o bem-estar de ambos. Além disso, é de extrema importância a criação de uma rotina de sono consistente, o estabelecimento de limites claros e o fornecimento de estratégias de conforto e segurança para o cão durante períodos de separação que forem acontecer durante o dia.

Marcela_Barbieri_1980x580px
Marcela Barbieri

Alzheimer canino: abordagens preventivas e terapêuticas.

A disfunção cognitiva canina é uma condição neurológica degenerativa em cães idosos, semelhante ao Alzheimer humano. Provoca deterioração cognitiva e alterações comportamentais. O diagnóstico é multifatorial e o tratamento visa desacelerar a degeneração e melhorar a qualidade de vida com medicamentos, dieta, suplementação e modificações no ambiente.

Marcela_Barbieri_1980x580px
Marcela Barbieri

Pilares pra construção da saúde física e mental do filhote canino

Trazer um filhote para casa requer planejamento cuidadoso. O ideal é separar o filhote da mãe entre a oitava e décima segunda semana, garantindo habilidades sociais e nutrientes essenciais. Nas primeiras noites, um ambiente seguro e acolhedor é crucial. A interação gradual e positiva com diferentes estímulos, pessoas e ambientes é essencial para o neurodesenvolvimento, formação de vínculos e fortalecimento imunológico. A janela de socialização, dos 45 dias aos 5 meses, é vital para a personalidade do animal, exigindo interações controladas e positivas para o aprendizado e desenvolvimento saudável.

Marcela Barbieri_header
Marcela Barbieri

Impactos da separação precoce da mãe e da ninhada no neurodesenvolvimento dos filhotes

A separação precoce de filhotes caninos da mãe e ninhada antes dos 60 dias prejudica seu desenvolvimento neurológico e comportamental, levando a problemas como ansiedade e agressividade. Veterinários devem alertar sobre os impactos e incentivar a permanência juntos para um crescimento saudável.

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Marcela Barbieri, em Marcela Barbieri

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.