A prática de permitir que cães compartilhem a cama com seus tutores é algo cada vez mais comum. Enquanto essa proximidade é muitas vezes vista como uma oportunidade para fortalecer o vínculo afetivo entre tutor e o animal, é crucial examinar os impactos que essa escolha pode ter na saúde mental dos cães e de seus respectivos donos.
Estudos mostram que a proximidade física na hora de dormir pode sim fortalecer o vínculo emocional entre o animal e o tutor, promovendo um senso de segurança e conforto não só para o cão quanto para seu tutor também. Além disso, para alguns cães, dormir na mesma cama pode ajudar a reduzir os níveis de estresse e ansiedade, favorecendo a regulação emocional que acontece durante o sono.
No entanto, é preciso considerar alguns pontos críticos dessa decisão. Dependendo da situação, podem ocorrer impactos negativos na qualidade do sono que vai interferir diretamente na saúde física e mental do cão e do tutor. Em alguns casos, por exemplo, a presença do cão na cama aumenta a exposição do tutor a pelos, sujeira e possíveis parasitas, aumentando o risco de alergias cutâneas e infecções dermatológicas. Isso sem falar nos breve despertares que acabam despertando todos que dormem ali. Da mesma forma, o ser humano também pode acabar prejudicando o cão quando ocorre um sono agitado, quando faz uso de alguma medicação tópica de algum grau de toxidez, ou quando simplesmente não habitua o animal em nenhum momento a ficar sozinho. Nem mesmo na hora de dormir.
Esse ultimo ponto, provavelmente é mais importante a ser analisado. Aquele cão que nunca fica sozinho durante o dia e segue o tutor pra tudo, com certeza apresenta uma tendência maior à Síndrome da Ansiedade de Separação se até mesmo o sono noturno for compartilhado. Isso quer dizer, que não necessariamente dormir junto vai predispor o cão à uma situação de hiperapego, mas que se todo o resto da rotina for sempre na presença do tutor, provavelmente esse cão vai apresentar dificuldade em ficar sozinho depois quando precisar.
Em resumo, a decisão de permitir que o cachorro durma na cama deve ser tomada com base nas necessidades individuais do animal, bem como nas preferências e circunstâncias do tutor. Com os cuidados adequados e uma abordagem equilibrada, é possível desfrutar dos benefícios de compartilhar a cama com o cão, sem comprometer a saúde e o bem-estar de ambos. Além disso, é de extrema importância a criação de uma rotina de sono consistente, o estabelecimento de limites claros e o fornecimento de estratégias de conforto e segurança para o cão durante períodos de separação que forem acontecer durante o dia.
Impactos da separação precoce da mãe e da ninhada no neurodesenvolvimento dos filhotes
A separação precoce de filhotes caninos da mãe e ninhada antes dos 60 dias prejudica seu desenvolvimento neurológico e comportamental, levando a problemas como ansiedade e agressividade. Veterinários devem alertar sobre os impactos e incentivar a permanência juntos para um crescimento saudável.
Coprofagia - distúrbio que vai além do comportamento
Muitos tutores e até Veterinários acreditam que o comportamento coprofágico está relacionado apenas à questões comportamentais. Porém, estudos mostram que a coprofagia na verdade pode sinalizar problemas graves que estão acontecendo no organismo do animal.
Motivos não patológicos que podem influenciar na falta de interesse pelo alimento
Todos já sabemos que quando um animal está apresentando alguma patologia, a recusa alimentar é um dos primeiros sinais que servem de alerta para os tutores procurarem os Veterinários. Porém, muitas vezes, essa falta de interesse pelo alimento não se deve a presença de alguma doença em questão e sim por uma série de outro motivos que podem estar contribuindo para que esse comportamento aconteça.
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