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Quais são as diferenças nas cardiopatias entre cães e gatos e qual impacto em cada animal?

Escrito por Caroline Pasternack

18 SET 2025 - 09H55

As cardiopatias em pequenos animais apresentam etiologias e manifestações distintas entre cães e gatos, o que exige uma abordagem diagnóstica e terapêutica específica para cada espécie. Nos gatos, a Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH) é a enfermidade cardíaca mais frequente, que causa o espessamento da musculatura do coração, dificultando o bombeamento do sangue. Já nos cães, a condição mais comum é a Doença Valvar Degenerativa Mitral (DVMM), caracterizada pela degeneração da válvula mitral, que prejudica a circulação adequada.

Enquanto enfermidade, as doenças são parecidas, mas os sintomas se diferem entre os animais. Nos cães, os sinais clínicos são mais evidentes e incluem tosse crônica, intolerância ao exercício, síncope e dispneia. Já nos gatos, a evolução costuma ser subclínica, sendo os sintomas não tão específicos: taquipneia, anorexia, letargia ou claudicação súbita decorrente de tromboembolismo aórtico. A ausência de tosse nos felinos, comum em cães, é um ponto diagnóstico diferencial importante.

Predisposição racial

Algumas raças têm maior predisposição às doenças cardíacas. Nos cães, em raças como Cavalier King Charles Spaniel, Poodle e Dachshund estão mais suscetíveis à doença valvar. Já em gatos como Maine Coon e Ragdoll é maior a propensão à cardiomiopatia hipertrófica. Os veterinários alertam que as doenças cardiopatas podem ser hereditárias e a detecção precoce por meio de exames de imagem (ecocardiografia, radiografia torácica) e eletrocardiograma é fundamental.

O monitoramento clínico regular, especialmente em raças predispostas, permite identificar alterações antes da instalação de insuficiência cardíaca. Por isso, a importância de manter check ups anuais nos animais de estimação.

O tratamento varia conforme a gravidade da doença, mas geralmente envolve o uso de medicamentos que controlam a pressão, regulam o ritmo cardíaco e melhoram a circulação. Em alguns casos, mudanças na dieta e na rotina também fazem parte do protocolo. O acompanhamento veterinário é indispensável, já que a medicação pode precisar de ajustes ao longo da vida do animal.

Para além dos cuidados médicos, a rotina equilibrada desempenha um papel importante. Garantir um ambiente tranquilo, momentos de interação e atividades que respeitem os limites do pet ajuda a manter o coração saudável, o controle do peso e a oferecer mais bem-estar ao animal.

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Por Caroline Pasternack, em Notícias

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