A fusão entre Petz e Cobasi começa a sair do papel, após as duas líderes do mercado pet retomarem conversações em agosto do ano passado. O acordo resultará na criação de um grupo com faturamento bruto de R$ 6,9 bilhões.
Segundo informações do portal Neofeed, as redes do varejo pet assinaram um memorando de entendimentos não vinculante, o que habilita o início do processo de due diligence das duas empresas.
Com a fusão, a nova companhia somaria 483 lojas e R$ 209 milhões de recursos em caixa. Teria cerca de 9% de market share e se distanciaria ainda mais da Petlove, que registra R$ 1 bilhão de receita e também ensaiava uma negociação com a Petz.
O memorando prevê que os acionistas da Petz recebam R$ 450 milhões em dinheiro. Atualmente, 49,1% do controle acionário da rede pertence ao fundador e CEO Sergio Zimerman. Os demais 50,9% estão em circulação e disponíveis para negociação na Bolsa de Valores. Já a Cobasi tem 89,5% das ações nas mãos da família Nassar. O fundo de investimentos Kinea detém 7,8% e 2,7% são de outros acionistas.
O comando da nova empresa também foi definido. Zimerman será o presidente do conselho e Paulo Nassar, CEO da Cobasi, assumirá o cargo de CEO.
Fusão entre Petz e Cobasi pode criar gigante do varejo
A fusão entre Petz e Cobasi pode criar um gigante do varejo nacional, já que os PDVs das redes ainda estão muito concentrados em São Paulo.
Para especialistas, a nova companhia teria fôlego para acelerar a consolidação no país e tirar espaço de pequenas e médias redes, a exemplo do que ocorreu em 2011 no mercado farmacêutico, com a formação da Raia Drogasil.
Primeira colocada do setor, a Petz abriu capital em 2020 e captou em torno de R$ 3 bilhões à época. No ano seguinte, levantou quase R$ 800 milhões em uma oferta subsequente de ações, aplicando os recursos na expansão de lojas.
O foco da Petz é avançar no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde a receita superou pela primeira vez a do estado de São Paulo em 2022. O mercado paulista, que há três anos respondia por 65% das vendas do grupo, hoje representa 54%.
A Cobasi, por sua vez, deixou de lado a possibilidade de abrir capital para buscar aportes privados. Com os R$ 300 milhões que recebeu do Kinea, a rede acelerou seu processo de expansão geográfica. Um dos passos mais ambiciosos foi a compra da Mundo Pet, do Ceará. A companhia passou a controlar 14 lojas no Nordeste e dobrou de tamanho na região.
Companhia aérea para cães terá 1º voo em maio
A Bark Air, companhia aérea exclusiva para cães, oferece voos semanais de Nova York para Los Angeles e bimestrais para Londres, com conforto e serviços dedicados aos pets. Preços iniciais elevados, mas incluem assentos para cães e tutores. No Brasil, normas da ANAC variam para transporte de cães-guia e animais de estimação. A PetFriendly Turismo oferece consultoria para viagens com pets, visando facilitar a experiência dos donos.
Fusões no varejo pet perdem força
A tendência de fusões no varejo pet diminui, favorecendo pequenos e médios pet shops. Conversas entre Cobasi e Petz estagnaram, mas podem ser retomadas. Outra possível aquisição pela Petz também parou. Enquanto isso, pequenos e médios pet shops dominam o mercado, com 49% do faturamento.
Premiumização no mercado pet atrai grandes marcas
A premiumização no mercado pet, impulsionada pela pandemia, reflete-se no investimento em produtos de alta qualidade e variedade, como rações super premium e itens de higiene e cuidado. Grandes marcas diversificam suas linhas para atender às demandas dos tutores, promovendo um mercado em crescimento sustentável.
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