Os pequenos e médios pet shops seguem na lista de prioridades de compra dos tutores de animais de estimação no Brasil, mesmo com as gigantes do setor se unindo para formar um grupo de R$ 6,9 bilhões. É o que aponta o estudo Consumo e Necessidade dos Donos de Pets, realizado pelo Sebrae-SP.
A pesquisa mapeou o comportamento de 670 consumidores do estado de São Paulo, que concentra mais de 65 mil estabelecimentos do varejo pet. Deste total, mais da metade (55%) é formada por microempreendedores individuais (MEIs), seguidos por microempresas (41%) e empresas de pequeno porte (4%).
O comércio varejista de animais vivos, artigos e alimentos para pets lidera em número de empresas no setor, seguido pelos serviços de higiene e embelezamento de animais domésticos e pelas atividades veterinárias.
O estudo indica uma expressiva preferência das lojas de menor porte para aquisição de produtos essenciais. No caso de medicamentos e suplementos, por exemplo, 66% preferem os pequenos pet shops, contra 26% das grandes redes. Os demais 8% afirmam não comprar esses itens.
Para a compra de pet food, 61% vão aos pequenos empreendimentos e somente 29% recorrem às maiores redes. O percentual de utilização de serviços veterinários chama ainda mais a atenção, já que esses varejistas são procurados por 80% e apenas 9% optam pelas megastores.
dos clientes fazem as compras em intervalos regulares de 15 a 30 dias e 51% dão preferência à visita presencial.
"Cada vez mais os donos buscam produtos e serviços que contribuam para o bem-estar dos pets. A proximidade com os profissionais da área, característica comum em pequenos negócios, é um diferencial importante", comenta Vanessa Lima, gestora estadual da carteira pet do Sebrae-SP.
Pequenos e médios pet shops formam metade do faturamento setorial
O levantamento que valoriza os pequenos e médios pet shops vai ao encontro dos números do setor no Brasil, cuja evolução foi superior a 180% nos últimos dez anos. O faturamento de R$ 24,3 bilhões em 2013 saltou para R$ 68,7 bi no ano passado. E os estabelecimentos de menor porte responderam por metade dessa movimentação, de acordo com Instituto Pet Brasil.
Em entrevista ao Panorama PetVet durante a Pet South America, Vanessa Lima reforçou a importância de um plano de negócios sólido para que o empreendedor saiba explorar as tendências apresentadas no estudo. “Isso inclui uma análise detalhada do mercado, abrangendo consumidores, fornecedores e concorrentes, além de planos de comunicação, operação e finanças”, alerta.
Outro dado importante aponta que o atendimento ao cliente é um fator decisivo para 30% dos consumidores que optam por pequenos negócios. “Por essa razão é sempre necessário manter colaboradores bem treinados e motivados para proporcionar um atendimento de qualidade. E diferenciais no rol de atividades também ajudam. Se o seu negócio já oferece banho e tosa, considere como melhorar a experiência do animal por meio de ajustes na iluminação, massagens ou até mesmo serviços estéticos extras”, finaliza.
Entenda por que projeto ameaça carreira de veterinário
O Projeto de Lei 3665/2024 ameaça a medicina veterinária ao permitir que profissionais sem formação na área emitam laudos e análises. O CFMV e a ANMV criticam o PL, citando riscos à saúde animal e pública.
Fintech pet recebe aporte de R$20 milhões
A fintech Vetwork recebeu R$ 20 milhões para expandir sua plataforma de gestão para clínicas veterinárias e pet shops, com foco em crédito integrado e tecnologia avançada, visando triplicar clientes até 2025.
Projeto de lei impõe presença de veterinários em pet shops
O PL 2154/24 exige a presença de veterinários em pet shops que comercializam substâncias controladas. Também obriga a emissão de um Livro de Registro com detalhes dos medicamentos vendidos, sob pena para o proprietário.
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