O mercado de planos de saúde para pets pode ganhar novo fôlego no país. Um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados autoriza que empresas incluam planos de saúde para animais domésticos entre os benefícios oferecidos ao trabalhadores com carteira assinada.
Segundo o texto, as despesas referentes à assistência animal não seriam descontadas do salário do funcionário e não se sujeitariam a encargos trabalhistas.
Autor da proposta, o deputado licenciado Felipe Becari (SP) acredita que a oferta de planos de saúde animal tende, inclusive, a incentivar a adoção responsável. “Tendo acesso a serviços veterinários, as pessoas podem se sentir mais encorajadas a abrigar pets abandonados”, afirmou.
O projeto tramita em caráter conclusivo. Ou seja, basta a votação das comissões designadas para analisá-lo. A grande quantidade de comissões envolvidas –Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; de Trabalho; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania – podem comprometer a velocidade da aprovação.
Mercado de planos de saúde para pets em território nacional
Reflexo da expansão do mercado de seguros e planos de saúde no país, a assistência pet vem se destacando como segmento promissor nos negócios da Bradesco Seguros. Segundo a revista Veja, a procura por esse tipo de serviço, disponível para clientes com seguro residencial, cresceu 30% no primeiro semestre de 2023.
Enquanto isso, a Petlove está investindo em um mercado com potencial de crescimento que pode quintuplicar de tamanho no Brasil nos próximos anos.
Apesar do aumento na oferta de seguros e planos, somente uma pequena parcela de animais domésticos está sendo contemplada por esses serviços. Conforme reportado pelo jornal O Globo, empresas do setor estimam que cerca de 250 mil pets contam com planos de saúde no país, o que representa apenas 0,24% dos 101,4 milhões de cães e gatos registrados.
Já uma pesquisa da Petlove, divulgada no fim do ano passado, estima que 350 mil animais tenham plano no país, o que corresponde a 0,4% da população de cães e gatos. O cenário é diferente em outros países como os Estados Unidos, onde 2,5% dos animais têm plano de saúde. Mas no Reino Unido e na Suécia, respectivamente 25% e 40% dos pets já têm esse benefício.
Seguro saúde para animais de estimação em escala global
De acordo com dados da PR Newswire, empresa líder global em inteligência de mídia, a perspectiva é de que o mercado global de seguros para animais de estimação alcance US$ 33,57 bilhões até 2030.
Isso se deve ao aumento dos custos veterinários e à crescente preocupação dos proprietários em garantir uma melhor qualidade de vida para seus animais de estimação. Como resultado, os tutores buscam esses programas para auxiliar no custeio desses cuidados.
Além disso, assim como justificado pelo parlamentar ao apresentar o projeto de lei, a companhia afirma que os planos e seguros para animais domésticos têm o potencial de atrair um público mais amplo, incentivando a adoção.
PET South America fortalece rodadas de negócios nesta edição
A PET South America e a PET VET Expo, de 14 a 16 de agosto no São Paulo Expo, fortalecerão o intercâmbio comercial com rodadas de negócios e convidados internacionais. O Panorama PetVet é parceiro do evento, e o Vitrine Digital ajuda na organização prévia das visitas.
Lista das maiores indústrias de rações tem 4 brasileiras
Quatro empresas brasileiras estão entre as 15 maiores indústrias de rações da América Latina, liderando a lista. Juntas, faturaram US$ 1,3 bilhão em 2023. A BRF Pet lidera com R$ 3,2 bilhões, seguida pela Special Dog com R$ 2 bilhões, Premierpet com R$ 1,1 bilhão e Total Alimentos com R$ 1 bilhão. A indústria de pet food na América Latina cresceu 41% em cinco anos, passando de US$ 8,88 bilhões em 2019 para US$ 11,69 bilhões em 2023.
Setor quer nova regra para veterinários na reforma tributária
Entidades e empresas como ANMV, ABHV, Petlove, Petz, Zee.Dog e WeVets buscam incluir a saúde veterinária na reforma tributária para reduzir em 60% as alíquotas do IBS/CBS, argumentando que isso evitaria prejuízos à categoria e à qualidade dos serviços, além de combater a informalidade. A reforma pode aumentar a carga tributária de 15% a 30%, impactando negativamente o acesso aos serviços, especialmente para as classes C, D e E.
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