Você recebe bem críticas duras, mas construtivas?

O início de um novo ano traz consigo a tradição de se propor, a si mesmo, resoluções. É comum que as pessoas tracem metas e projetos para evoluírem e alcançarem objetivos que almejam – para se tornarem mais habilidosas, mais saudáveis, mais influentes, mais felizes.

Esse hábito é valioso – ainda mais quando surte resultados. Acredito, inclusive, que ele se relaciona a um conceito que considero muito importante: o feedback. Muitas vezes, as resoluções nascem de uma conversa sincera, de um conselho dado com a melhor das intenções.

Então, pergunto: considerando que através do feedback que conseguimos ter a consciência de quem somos e de que precisamos melhorar, não seria bom se conseguíssemos recebê-lo de forma mais aberta? É isso que proponho para este ano.

Criticar ofende?

A maioria das pessoas, devemos reconhecer, não aceita críticas muito bem – mesmo quando são construtivas. Esse tipo de postura, porém, só provoca sentimentos negativos e contraproducentes como frustração, raiva e estresse. De quebra, prejudica a empresa e joga contra o próprio desenvolvimento.

No ambiente de trabalho (e na vida), precisamos sempre domar nosso ego. Portanto, ao receber uma crítica, é fundamental parar e refletir por alguns minutos antes de se retrair ou contra-atacar. Lembre-se de que nem você, nem ninguém, está sempre certo, e tampouco está imune a erros.

Sei, por experiência própria, que ouvir sobre falhas e pontos de melhoria não é algo confortável. Entretanto, é preciso enxergar esses momentos como grandes oportunidades de aprendizado e amadurecimento. A partir de uma opinião valiosa e respeitosa, podemos refletir, dialogar e corrigir o que precisa ser ajustado.

Isso, a crítica, não é o fim do mundo. Está mais para um recomeço.

Ouvir e lutar

Assim, em 2024 pretendo jogar contra o estigma de que toda crítica é ruim. Por mais dura que ela seja, se existe um propósito digno por trás, e sensibilidade na hora de aplicá-la, o resultado será sempre positivo.

A melhor forma de líderes e liderados evoluírem é se manterem abertos a feedbacks, por mais duros que eles sejam. E é isso que pretendo fazer este ano. Ouvir e lutar para melhorar. E você?